Por Ana Paula Souza
Pensando em um desenvolvimento pleno das habilidades das crianças, vem crescendo cada vez mais o número de educadores que articulam ideias da educação socioemocional nas sala de aula.
Já que compreende-se que capacidades emocionais bem desenvolvidas podem ajudá-las a comunicar melhor suas necessidades e sentimentos.
Mas, para isso precisamos saber...
O que é uma educação
socioemocional?
A educação socioemocional engloba um processo de ensino e aprendizagem que vai além do aspecto cognitivo. Seu objetivo principal é capacitar crianças e jovens a desenvolver habilidades e competências que lhes permitam gerenciar seus comportamentos e emoções.
A educação socioemocional surgiu em 1994, nos Estados Unidos, com a criação do CASEL (Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning). Uma organização internacional sem fins lucrativos formada por uma grande comunidade de pesquisadores, professores e diversos outros profissionais do segmento educacional.
Em 1996, o desenvolvimento socioemocional esteve em pauta na UNESCO, no Relatório Delors, elaborado pelo filósofo francês Jacques Delors. Focando nos desafios para a educação no século XXI, o pensador desenvolveu o conceito de 4 pilares da educação.
1. Aprender a conhecer;
2. Aprender a fazer;
3. Aprender a conviver;
4. Aprender a ser.
É a união desses pilares que deve nortear a base curricular nas escolas e a criação de políticas educacionais. Na BNCC, as competências socioemocionais estão presentes em todas as 10 competências gerais. Dessa forma, aqui no Brasil, desde 2020 todas as escolas devem contemplar as competências socioemocionais em seus currículos.
No site da Base Comum Curricular do MEC são apontados 5 tópicos importantes a serem desenvolvidos com as crianças a fim de estimular uma educação empática.
Autoconsciência
Envolve o conhecimento de cada pessoa, bem como de suas forças e limitações, sempre mantendo uma atitude otimista e voltada para o crescimento.
Autogestão
Relaciona-se ao gerenciamento eficiente do estresse, ao controle de impulsos e à definição de metas.
Consciência social
Necessita do exercício da empatia, do colocar-se “no lugar dos outros”, respeitando a diversidade.
Habilidades de relacionamento
Relacionam-se com as habilidades de ouvir com empatia, falar clara e objetivamente, cooperar com os demais, resistir à pressão social inadequada (ao bullying, por exemplo), solucionar conflitos de modo construtivo e respeitoso, bem como auxiliar o outro quando for o caso.
Tomada de decisão responsável
Preconiza as escolhas pessoais e as interações sociais de acordo com as normas, os cuidados com a segurança e os padrões éticos de uma sociedade.
Em resumo, pode-se dizer que a implementação de uma educação socioemocional pretende proporcionar às crianças a oportunidade de desenvolverem relações mais saudáveis e equilibradas com as pessoas ao seu redor, a transformar positivamente os ambientes em que convivem.
E você? Você vê a viabilidade da aplicação desses preceitos na sala de aula?
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